Projeto PMDB

Vice de Dilma autoriza articulação de candidatura própria

Michel Temer considera esgotado modelo de parceria com o PT

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Na tentativa de esfriar os ânimos quentes na ala independente da bancada peemedebista na Câmara, o vice-presidente da República Michel Temer, em reunião nesta quarta-feira (7), pediu apoio à manutenção dos vetos ao reajuste do Judiciário, para garantir a governabilidade da presidente Dilma Rousseff.

 

No encontro, os peemedebistas aproveitaram para trazer à luz um sonho antigo do partido: candidatura própria à Presidência da República, em 2018. Questionado sobre o rumo do partido, Temer autorizou parlamentares a conversarem com políticos de envergadura nacional dispostos a concorrer à Presidência pelo partido.

 

De acordo com seus interlocutores, o vice-presidente tenta convencer o senador José Serra (PSDB-SP) a migrar para o PMDB. Conversas com o tucano, candidato à Presidência por duas vezes (2002 e 2010), foram iniciadas. Para materializar o velho desejo peemedebista, falta justamente um nome viável capaz de conquistar o eleitorado. Serra atende à demanda do partido.

 

Conhecido pelo gênio forte, o ex-governador de São Paulo vem se aproximando da cúpula do PMDB, especialmente do presidente do Senado, Renan Calheiros, e do ex-senador José Sarney, caciques peemedebistas rompidos com o tucano.

 

Deputados próximos ao vice-presidente contam que o tucano incorporou o figurino do político paz e amor. “Serra tem sido bastante simpático”, segundo o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima – ambos defendem o rompimento do PMDB com o governo petista e candidatura própria.

 

Para lançar um nome forte em 2018, os peemedebistas desejam eleger a senadora Marta Suplicy prefeita de São Paulo nas eleições municipais do próximo ano. Caso aconteça a vitória da ex-petista, em 2016, o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, seria alçado ao governo do Estado em 2018, dando importante palanque ao candidato presidencial no maior colégio eleitoral do Brasil.

 

Para convencer Serra, os peemedebistas apostam na divisão dos tucanos. Isso porque o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, colocou o bloco na rua e já manifestou desejo em concorrer novamente à Presidência. Serra dificilmente terá espaço para realizar o sonho para o qual trabalhou por anos na política: ser presidente da República.

 

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