Queda de 7%

Vendas do comércio no 1º trimestre têm a maior queda desde 2001

Recuo acumulado de janeiro a março é de 7%, segundo o IBGE

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Dados divulgados nesta quarta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trazem mais notícias ruins sobre a economia brasileira. As vendas do comércio varejista registraram no primeiro trimestre de 2016 o pior resultado trimestral de toda a série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio, com queda de 7% nos três primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2015.

Na comparação com o quarto trimestre do ano passado, as vendas recuaram 3,2%.

Somente em março, as vendas tiveram retração de 0,9% ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, puxadas por uma queda de 1,7% nos supermercados. Frente ao mesmo mês do ano passado, as vendas caíram 5,7%.

O IBGE atribui o recuo aos "fatores inibidores de consumo: elevação da inflação, restrição do crédito e perda da renda real.

Setores

A maioria dos ramos do comércio mostrou resultados negativos de fevereiro para março, com destaque para o de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que depois de uma leve recuperação em fevereiro, voltou a recuar 1,7% no mês seguinte.

Outros destaques foram as perdas de móveis e eletrodomésticos, com recuo de 1,1% em março após alta de 6,1% em fevereiro, e combustíveis e lubrificantes, com redução de 1,2% em março após avanço de 0,3% em fevereiro. Os demais recuos no volume vendido foram em tecidos, vestuário e calçados (-3,6%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,5%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-1,1%).

Na direção oposta, as atividades que mostraram aumento de vendas na passagem de fevereiro para março foram equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (6,1%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,7%).

No varejo ampliado, que inclui os setores de veículos e material de construção, também houve impacto da acentuada queda dos supermercados. As vendas recuaram em oito das dez atividades pesquisadas, o que levou o varejo ampliado a uma retração de 1,1% em março ante fevereiro, resultado negativo mais intenso do que os registrados por veículos e motos, partes e peças (-0,5%) e material de construção (-0,3%).

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