Motivo foi outro

Vazamento de delação não foi tratado, diz Janot sobre encontro com ministro

Conversa foi sobre a criação de um grupo formado pela PF e MPF

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Ao sair de reunião realizada na manhã desta segunda-feira, 12, com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que os dois não trataram do vazamento do anexo de delação da Odebrecht. Segundo Janot, a conversa foi sobre a criação de um grupo formado por Polícia Federal e Ministério Público para atuação em uma “investigação do Rio de Janeiro”.

Mais cedo, Moraes e Janot tiveram reunião de 35 minutos na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília. O encontro ocorreu após vazamentos relacionados à delação da Odebrecht lançarem suspeitas sobre pagamentos da empreiteira ao presidente Michel Temer e à cúpula do governo.

A reunião não constou da agenda do ministro da Justiça desta segunda-feira. A assessoria do ministro informou que ele cumpriria agenda em São Paulo a partir das 12 horas. No entanto, Moraes entrou no gabinete do procurador-geral da República às 11h45. Abordado, o ministro não respondeu perguntas de jornalistas na saída.

Na manhã desta segunda-feira, antes da audiência na PGR, Moraes também teve reunião com o presidente Michel Temer.

Aliados do presidente da República pretendem reforçar durante esta semana críticas ao vazamento do anexo de delação premiada do executivo Cláudio Melo Filho, da Odebrecht, em um esforço para tentar anular o acordo. Uma reunião de emergência foi realizada na noite de domingo no Palácio do Jaburu. O escalado, inicialmente, para fazer as críticas ao vazamento foi o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

No sábado, Janot informou que iria solicitar uma investigação para apurar o vazamento de anexo de delação da Odebrecht. (AE)

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