Amigo de doleiro

Pressionado, Vargas se afasta da Câmara dos Deputados

André Vargas (PT-PR) se licencia para ver se esquecem suas malfeitorias

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Jose Cruz ABr - Andre Vargas 2

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR), se licenciou da direção da Casa por sessenta dias. O deputado alegou que se afasta do posto para cuidar de ?interesses particulares?.  Com a manobra, Vargas quer sair dos holofotes e estancar a sangria do governo que já sofre um forte desgaste com o escândalo da Petrobras. A licença vigora até o dia 05 de junho e afasta o parlamentar tanto da vice-presidência da Câmara quanto do seu mandato de deputado federal.

Durante o afastamento, o petista ficará sem receber o salário de deputado, atualmente de R$ 26,7 mil. Ele também perde outros benefícios financeiros, como as verbas de gabinete. Apesar da manobra de Vargas, o petista não está livre de processos de investigação na Câmara, o tramite dos pedidos de representações contra o deputado também não sofrem alteração.

Vargas é investigado por seu envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato. O bando de Youssef movimentou R$ 10 bilhões em negócios que, de acordo com suspeitas da Polícia Federal, ia de lavagem de dinheiro a financiamento ao tráfico de drogas.

Integrantes da base governista, inclusive o próprio PT, e a oposição pressionaram pelo afastamento do deputado. Aliados do governo, em reunião com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), concluíram que o afastamento é a solução mais adequada.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e a senadora Gleisi Hoffman, foram os maiores interessados no afastamento do deputado. Vargas estava à frente da candidatura de Gleisi ao governo do Paraná. Com a presidenta Dilma Rousseff despencando nas pesquisas de intenção de voto, o PT pretende endurecer contra Vargas para amenizar o estrago ao partido em ano eleitoral.

Pedido André Vargas

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