Lava Jato

‘Vamos desvendar o que aparecer’, avisa delegada Marena

Erika Marena critica fatiamento e defende casos com mesmo grupo

acessibilidade:

Em entrevista, a delegada Erika Marena, que integra a força-tarefa da Polícia Federal na Operação Lava Jato, avisa que “a Lava Jato ainda tem chão”. Contra o fatiamento da operação, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que tira das mãos do juiz federal Sérgio Moro trechos importantes da grande investigação, a delegada afirma que a decisão prejudica as investigações.

“Iremos continuar desvendando o que aparecer e for possível, ainda que com posterior redistribuição, conforme entenderem as Cortes Superiores”, disse. “(A separação da Lava Jato provoca prejuízo) na medida em que impede que os elementos surgidos nas investigações sejam analisados à luz de todo o conjunto’, declarou a delegada.

“Trata-se, obviamente, de uma mesma organização criminosa, que conta com vários tentáculos”. E, para ‘minimizar’ possível prejuízo aos desmembramentos da investigação, Erika Marena sugere deixar os casos com o mesmo grupo da força-tarefa da PF, independentemente de o tombamento dos inquéritos ser em outros Estados.

“Não estamos falando de casos isolados e diferentes de corrupção de agentes públicos, mas de agentes públicos corrompidos em prol de um mesmo sistema de pagamento de propinas para financiar sobretudo o apoio político-partidário, e também os próprios bolsos dos cabeças da organização”, afirmou a delegada da Lava Jato.

Reportar Erro