Denúncia

Com sua empresa sob intervenção no DF, ex-senador agora acusa o governo

Dono de empresa de ônibus sob intervenção resolve atacar o governo

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Ex-senador e empresário do setor de transportes Valmir Amaral retomou nesta terça-feira (1º)  denúncia sobre suposto esquema de corrupção no sistema de transportes do Distrito Federal. Ele acusa o diretor do DFTrans, Marco Antônio Campanella, de receber passagens aéreas pagas pela empresa do Grupo Amaral a título de propina. O Grupo Amaral, de propriedade do denunciante, será obrigado a deixar o sistema até dezembro próximo, após licitação promovida pelo governo do DF. É a empresa que, em dificuldades, está sob intervenção do governo do DF desde fevereiro deste ano, tendo em vista o risco de colapso nas linhas que explorava.

A denúncia entregue no Tribunal de Contas do Distrito Federal em 27 de setembro, é assinada pelo pai de Valmir, Dalmo Josué Amaral, que virou notícia logo após a intervenção em suas empresas, ao ameaçar de morte o governador Agnelo Queiroz e outras autoridades. Ele relata na denúncia que Campanella ?exigia que as empresas comprassem as passagens aéreas sob as mais diversas ameaças e com brutal perseguição?. O denunciante alega que autorizou a emissão das passagens ?temendo represálias?. O esquema ocorreria, segundo Amaral, desde julho de 2011.

De acordo com a denúncia, as passagens eram emitidas por uma funcionária do grupo Amaral. O denunciante alega que ?cansado da chantagem, decidiu interromper as compras?.

A denúncia foi realizada em 19 de junho à Justiça, mas, intimado a apresentar provas até 4 de julho, Amaral não apareceu.

Esta é a segunda vez que Valmir Amaral segue até o Legislativo para denunciar supostos esquemas de corrupção. Em 30 de novembro de 2009,  transtornado, seguiu até a Câmara Legislativa para denunciar que empresários das empresas de ônibus no DF deram R$ 1 milhão a deputados distritais para que aprovassem o projeto de lei do Passe Livre. Na época, ele não deu os nomes dos distritais acusados pelo esquema corrupto.

Campanella, diretor-geral do DF-Trans, ainda não se pronunciou sobre a denúncia.

 

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