Contrários a gestão

União dos advogados públicos diz ‘rejeitar’ Adams

Segundo pesquisa da própria União 99% rejeitam Luiz Inácio Adams

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Seguindo a Presidente Dilma Rousseff, que sofre uma queda vertiginosa de popularidade em seu governo, o Advogado-Geral da União, Luis Inácio Adams, segundo pesquisa da União dos Advogados Públicos Federais do Brasil – UNAFE, tem rejeição de quase 99% entre os membros da AGU.

Em pesquisa realizada pela UNAFE e divulgada nesta terça-feira, 14, os Advogados Públicos Federais que participaram da consulta rejeitaram, quase que por unanimidade, o atual modelo de gestão implantado pelo Advogado-Geral da União, Luis Inácio Adams na AGU.

A UNAFE, que representa as quatro carreiras jurídicas da AGU: Advogados da União, Procuradores Federais, Procuradores da Fazenda Nacional e Procuradores do Banco Central, tem alertado em protestos o caos administrativo instalado na Instituição.

A entidade mobilizou durante o primeiro semestre deste ano a entrega coletiva de cargos de chefia e recusas de viagem a trabalho dos membros da AGU. O objetivo foi chamar atenção da sociedade e do Governo para as precárias condições de trabalho. Prédios com ordem de despejo, instalações com infiltrações, ratos e baratas, sobrecarga de processos por Advogado, entre outras reclamações tem sido informadas pela UNAFE.

Na enquete realizada pela entidade foi feita a seguinte pergunta: “Você aprova a gestão do ADAMS à frente da AGU?”. 98,65% dos participantes da enquete votaram “NÃO”, desaprovando a condução administrativa do atual dirigente; 1,15% responderam “EM PARTE”; e apenas 0,20% optaram pela opção “SIM”.

Para o Diretor-Geral da UNAFE, Roberto Mota, a postura inexpressiva e ausente do Advogado-Geral da União na busca de soluções viáveis para os problemas dos Advogados Públicos Federais foi um fator determinante para que o movimento ganhasse força.

“Falta liderança, falta  postura proativa de realmente buscar resolver os problemas e conferir à Advocacia-Geral da União a importância que ela tem. Nunca estivemos em uma crise tão grande. A defesa judicial e  extra-judicial da União está comprometida e os Advogados Públicos Federais estão à deriva nesse caos. Sem dúvida a pesquisa da UNAFE só comprova que a rejeição de Adams não é perseguição política como tentam mostrar, mas sim uma questão de emergência para salvar a AGU e seus membros”, afirma Roberto Mota.

LISTA TRÍPLICE

Em janeiro deste ano, a UNAFE emitiu nota pública em que lamentava a decisão da Presidente Dilma de não acolher a lista tríplice conduzida democraticamente por entidades da Advocacia Pública Federal. A lista elegeu três membros qualificados da Instituição (um Procurador Federal, um Procurador da Fazenda Nacional e um Advogado da União).

Durante a divulgação da lista tríplice, que já ocorre em outros órgãos como Ministério Público Federal e Defensoria Pública da União, a UNAFE alertava sobre a insatisfação dos Advogados Públicos Federais com a condução administrativa da AGU.

 

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