Uma a cada seis pessoas do mundo é vítima de AVC
A cada ano, cerca de seis milhões de pessoas morrem de acidente vascular cerebral (AVC). No Brasil, essa é a primeira causa de morte e incapacidade. ?De acordo com estudos, uma a cada seis pessoas no mundo terá um AVC durante a sua vida, mas isso pode ser prevenido através da informação.?, explica o Dr. Rubens José Gagliardi, vice-presidente da ABN.
Conforme a dra. Sheila Martins, coordenadora do Departamento Científico de Doenças Cerebrovasculares, Neurologia Intervencionista e Terapia Intensiva em Neurologia da ABN, o número de casos de AVC pode diminuir amplamente caso sejam controlados os fatores de risco.
Outra forma de minimizar as ocorrências de morte por AVC é garantir que os centros hospitalares sejam especializados e organizados, dispondo de equipe médica ágil e bem treinada, com neurologistas disponíveis para o atendimento aos pacientes.
O tratamento trombolítico, utilizado em casos de AVC isquêmico – o tipo mais comum, ocasionado pela falta de fluxo sanguíneo cerebral -, antes à criação da portaria era disponibilizado através do setor privado e de poucos hospitais públicos universitários e algumas secretarias de saúde; agora, também é acessível pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo dra. Sheila, os dois primeiros hospitais públicos no Brasil habilitados pelo Ministério da Saúde para o tratamento do AVC foram o Hospital de Clínicas de Porto Alegre e o Hospital Geral de Fortaleza.
?Essa medicação é utilizada apenas em casos de AVC isquêmico e quando aplicada em até aproximadamente quatro horas consegue abrir a circulação fazendo com que o fluxo volte ao normal, diminuindo as chances de sequelas.?
A portaria foi assinada na abertura do Congresso Mundial de AVC – em outubro de 2012 em Brasília ? e a partir de então outros hospitais passaram a fornecer atendimento a casos de AVC com tudo pago pelo SUS. ?De outubro para cá, temos mais 20 novas unidades especializadas?, conta dra. Sheila.