Turbulência confirma revelações do 'Diário do Poder' em 2014
Propriedade do jato ficou detalhada dias após o acidente
A Operação Turbulência, deflagrada nesta terça (21), confirmou o que a Coluna Cláudio Humberto e o Diário do Poder revelaram há quase dois anos. Ainda em agosto de 2014, dias após o acidente com o jatinho Cessna Citatio 560 XL de prefixo PR-AFA, o jcolunista revelou o imbróglio que envolvia a propriedade do avião que levou à morte o então candidato à Presidência da República Eduardo Campos.
Oficialmente, o jato era operado pela empresa AF Andrade, de José Carlos Andrade, que, sob recuperação judicial, o repassou? informalmente aos empresários pernambucanos Apolo Santana Vieira, dono da empresa Bandeirantes Companhia de Pneus S.A., João Carlos Lyra Pessoa, dono da JCL Fomento Mercantil, e Eduardo Freire Bezerra Leite, dono da Ele Leite, todos presos hoje pela Turbulência.
O negócio incluia o pagamento de parcelas em atraso do arrendamento da aeronave e João Carlos Lyra repassou R$ 1,7 milhão à AF Andrade por meio de recursos próprios e empréstimos.
Operação Turbulência
A investigação que deflagrou a operação nesta terça-feira (21) começou a partir da análise de movimentações financeiras nas contas de empresas envolvidas na aquisição da aeronave. As empresas eram de fachada, constituídas em nome de laranjas, realizavam diversas transações entre si e com outras empresas fantasmas, inclusive com algumas empresas investigadas no bojo da Operação Lava Jato.
Há suspeita de que parte dos recursos que transitaram nas contas examinadas seria de “caixa dois”. O esquema atuava desde 2010, segundo suspeita a PF.