Comissão do impeachment

Tributarista abandona defesa da presidente Dilma

Sobre pedaladas, Ricardo Lodi afirma que há base jurídica para entendimento contrário

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Indicado por governistas para defender a presidente Dilma Rousseff na comissão especial do impeachment, na Câmara, o professor Direito Tributário da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Ricardo Lodi Ribeiro, piorou a situação da petista ao afirmar que "pode haver interpretação diferente" em relação às pedaladas fiscais.

Indignou os deputados ao dizer ser "impossível aplicar à Dilma sanções do ato de crime de responsabilidade por pedaladas fiscais", mesmo tendo admitido base jurídica para interpretação diferente. O barraco começou quando ele foi interrompido pelo deputado Júlio Lopes (PP-RJ)

Ele abandonou a função para a qual foi convocado e avisou que compete à Advocacia Geral da União (AGU) defender a presidente da República. Na exposição, ele não considerou o impeachment como golpe.

"Ele atirou a solução no colo do governo", espantou-se o oposicionista Jerônimo Goergen (PP-RS). "Deveria defender com vigor que o certo é o que ele defende", acrescentou.

Ontem, terminou em confusão e agressão física a audiência na comissão, que contou com a presença dos juristas Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, autores do pedido de impeachment de Dilma.

Hoje, houve gritaria ainda sobre contrato com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. A reunião segue em um depoimento considerado monótono pelos deputados.

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