RISCO MINIMIZADO

Tribunal de Contas de Alagoas reabre, ainda sob risco, após vexame

Situação segue crítica, após religamento de subestação alagada

acessibilidade:

Após o constrangimento de ter sido fechado por problemas em sua estrutura, após inaugurar em 2016 uma “obra emergencial” que se transformou em reforma de R$ 6,2 milhões, o Tribunal de Contas do Estado de Alagoas (TCE/AL) reabriu ao público nesta terça-feira (30), cumprindo expediente normal e realizando sessão plenária.

A reabertura acontece após a presidente Rosa Albuquerque ter de suspender o expediente da segunda-feira (29), diante das situações de risco causadas pelas chuvas que provocaram infiltrações, desabamento de placas do teto em várias salas e alagamentos, inclusive no local onde fica instalada a subestação de energia. O fechamento foi feito após a Eletrobras e o Corpo de Bombeiros, determinarem o desligamento da energia, para evitar acidentes.

Na manhã de ontem o Serviço de Engenharia de Alagoas (Serveal) realizou inspeção técnica das condições do prédio. E o laudo deve ser liberado amanhã. Segundo a assessoria de imprensa do TCE, algumas medidas paliativas recomendadas pela equipe técnica foram adotadas, como a retirada das placas de gesso que ainda ameaçavam cair, o conserto das infiltrações e a drenagem da água que se acumulou na subestação, permitindo o religamento da energia.

“A situação continua crítica, mas minimizamos os riscos e vamos funcionar com bastante atenção aos cuidados que a ela requer. Os problemas são muitos e teremos que resolvê-los. Mas não podemos manter o TCE fechado até que tenhamos a solução definitiva. Vamos readaptando a nossa rotina e nossa acomodação nos espaço menos vulneráveis que dispomos”, disse a presidente Rosa Albuquerque, por meio de sua assessoria.

A REFORMA E OS DANOS

Após nove meses de inaugurada obra, teto caiu na presidência do TCEDesde a semana passada, houve desabamentos e alagamentos em vários setores, inclusive na sala de apoio e sala de reuniões do gabinete da presidência e nos gabinetes dos demais conselheiros. O prédio passou por uma limpeza geral, com enxugamento e retirada dos resíduos, para receber de volta os servidores.

O conselheiro de contas Anselmo Brito denunciou publicamente irregularidades na última obra de reforma do prédio, contratada em abril de 2015, em regime emergencial pelo então conselheiro-presidente Otávio Lessa. E, após aditivo em dezembro de 2015, só foi inaugurada em 29 de agosto de 2016, com direito a um coquetel que serviu cachaça e chope, no hall do edifício-sede, com apoio da empresa responsável pela obra, a Elo Engenharia, do Sebrae e da Cachaça Caraçuípe.

Lessa atribui os problemas no prédio à intensidade das chuvas da última semana, que retiraram 3 mil alagoanos de áreas de risco e mataram cinco soterrados em encostas de Maceió. Para o ex-presidente, a reforma não causou ou deveria evitar as infiltrações, porque não teve o objetivo de corrigir, nem alterar a estrutura externa do prédio, mas apenas alterou os sistemas de “instalações elétricas, da rede lógica, de combate a incêndio e pânico, de som, SPDA E SPTV”.

Reportar Erro