BAIXARIA NO AGRESTE

Tenente-coronel acusa deputados de agressão e ameaça em Alagoas

PM relatou tapa de Antônio Albuquerque e ameaça de Nivaldinho

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O deputado estadual Antônio Albuquerque (PTB-AL) e seu filho e deputado federal Nivaldo Albuquerque (PRP-AL) foram acusados de agressão e ameaça pelo tenente-coronel Herófilo Soares Souza Pantaleão Ferro, durante uma festa, na noite desse domingo (26), na casa da prefeita de Belém-AL, Paula Santa Rosa (PSDB), no Agreste de Alagoas. Antônio Albuquerque nega agressões e atribui o relato do tenente-coronel ao suposto problema com alcoolismo.

Segundo o relato do oficial da Polícia Militar de Alagoas em boletim de ocorrência, as agressões teriam sido motivadas por uma brincadeira que ele fez com o deputado federal “Nivaldinho”, cujas desculpas não teriam sido aceitas. A dupla de parlamentares aliados do governador Renan Filho (PMDB) estaria com vários seguranças, como de costume.

Pantaleão Ferro narrou à Polícia Civil que Antônio Albuquerque o agrediu e que Nivaldo posicionou-se como se fosse sacar uma arma da cintura, depois de alertar ao deputado federal que não interrompesse a conversa que estava tendo com o seu pai, brincando: “Aqui é conversa de gente grande, não é de menino”.

“Eu sou deputado, me respeite”, teria reagido Nivaldinho, com dedo apontado para o rosto do oficial, como narrou o tenente-coronel, no BO.

Em seguida, Pantaleão Ferro disse ter lembrado a Nivaldo que conseguiu um doador de sangue para o deputado federal, após o atentado à bala que quase o matou, e lembrou a Antônio Albuquerque que tinha uma foto sua na casa do pai do oficial. Foi quando Albuquerque teria lhe ordenado que rasgasse sua foto, e desferido uma tapa em seu rosto.

O tenente-coronel disse que, neste momento, Nivaldinho agiu como se fosse tirar uma arma da cintura. E Pantaleão teria reagido: “Atire, covarde! Pessoa como você só atira em homem desarmado”.

A prefeita é que teria interrompido a confusão e levado o policial militar para sua suíte, enquanto o Comando da PM era acionado para escoltar sua saída do local.

Veja o Boletim de Ocorrência:

OUTRO LADO

Antônio Albuquerque publicou a seguinte nota de esclarecimento em sua página do Facebook, na qual negou agressões e atribuiu o relato do tenente-coronel a um suposto problema com alcoolismo.

Leia a nota

Afirmações inverídicas do Tenente-coronel Herófilo Pantaleão Ferro foram motivadas pelo excesso de álcool e para tentar justificar o seu comportamento inadequado em ambiente político e familiar.

Vamos aos fatos.
Na noite deste domingo fomos até Belém, a convite da Prefeita Paula Santa Rosa, participar da festa de Nossa Senhora das Graças no Povoado Cabeça D’anta. Estávamos eu, meu filho Nivaldo e o meu motorista.

Chegando na residência da família da prefeita, nos encontramos com ela e seu esposo, a Deputada Estadual Jó Pereira e seu esposo e o Tenente Coronel Herófilo Pantaleão Ferro. Quando cheguei, fui até a varanda e o tenente-coronel se aproximou, já iniciando conversas estranhas e incompreensíveis. Logo percebi que ele estava altamente alcoolizado. Foi quando ele começou a proferir palavras de baixo calão em ambiente familiar; na casa de uma senhora de família.

Como ele estava completamente alterado, eu o repreendi quanto à necessidade de um comportamento mais adequado naquele ambiente. Foi quando ele se alterou, indo até o interior da casa. Apesar do seu comportamento inadequado não houve sequer um único ato de agressão. A partir daí telefonei ao Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Marcos Sampaio, e solicitei ao mesmo que, no âmbito daquela corporação, adotasse as providências necessárias para conduzi-lo ao quartel.

Confesso que fiquei surpreso com o comportamento do tenente-coronel e principalmente, ao ver os noticiários. Fico triste porque tenho apreço e um bom relacionamento com o mesmo e seus familiares; o que pretendo manter, e sei o problema que o alcoolismo pode gerar numa família. A educação que dou aos meus filhos e o que prego visa honrar e respeitar a família, a lei e a ordem. Que agora ele reflita sobre sua atitude, não as repita e reconsidere as suas afirmações.

Tenho a consciência limpa quanto ao que aconteceu. Que o espírito Santo de Deus nos abençoe.

Antônio Albuquerque

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