Temer se reúne com Moreira Franco e criminalista no Palácio do Jaburu
Antonio Cláudio Mariz defende o presidente no caso JBS
O presidente Michel Temer reúne-se na manhã desta terça-feira, 23, com o ministro-chefe da Secretaria-Geral, Moreira Franco, e com o criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, seu defensor nas investigações desencadeadas por causa da delação de Joesley Batista, dono da JBS. O encontro acontece um dia depois da defesa do presidente recuar de pedido de suspensão de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).
A reunião ocorre no Palácio do Jaburu, residência de Temer. Depois, o presidente deve seguir para o Palácio do Planalto. Por ora, a agenda oficial do presidente só cita "despachos internos" a partir das 10h.
Nesta segunda-feira, o advogado Gustavo Guedes afirmou que a defesa do presidente entrou com um novo pedido no Supremo para que o inquérito contra o peemedebista não seja mais suspenso. O novo pedido é uma mudança na estratégia de defesa de Temer, que na semana passada pediu para que o inquérito fosse suspenso.
Inicialmente, o julgamento dessa questão de ordem estava marcado para a próxima quarta-feira, 24, mas a presidente da Corte, Cármen Lúcia, afirmou que o pedido do peemedebista só seria levado a plenário após a conclusão da perícia no áudio gravado pelo empresário da JBS. O julgamento era esperado com ansiedade pela classe política. A base aliada de Temer aguardava o resultado e o posicionamento dos ministros para decidir se permanecia ou não ao lado do peemedebista.
Segundo Guedes, a defesa se sentiu atendida com o deferimento do pedido para que fosse realizada uma perícia no áudio da conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista, da JBS. “Eu vim dizer (a Fachin) que, diante desse deferimento, não víamos mais a necessidade de suspender o processo e que o presidente quer que esse assunto seja resolvido o mais rápido possível”, disse.
Ele disse, ainda, que Temer quer que o processo siga o curso normal e que fique comprovado a inocência do peemedebista. “O presidente quer dar essa resposta ao País o mais rapidamente possível”, disse. (AE)