TCU encontra novo prejuízo de US$ 33,8 milhões na compra de Pasadena
Negociata da refinaria de Pasadena custou R$107 milhões a mais
O Tribunal de Contas da União (TCU) detectou um novo prejuízo na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Auditores da Corte e o MP apontam pelo menos quatro ex-executivos da Petrobras como responsáveis pelas perdas de US$ 33,8 milhões, equivalentes a R$107,1 milhões.
Ainda segundo os auditores da corte, a Astra Oil, ex-sócia no negócio, deve responder pelo débito. Uma decisão sobre o caso será tomada pelo tribunal amanhã.
Por outro lado, o TCU concluiu que outro prejuízo, de US$ 39,7 milhões, apurado em 2014, não ocorreu e, por isso, não deve ser cobrado.
O tribunal concluiu em 2014 que houve dano ao erário de US$ 792 milhões na compra de Pasadena, feita em duas etapas – uma em 2006 e outra em 2012. Na ocasião, os auditores entenderam que 14 executivos deram causa às perdas, determinando que eles respondessem às tomadas de contas – processos que visam ao ressarcimento.
Dez deles estão com os bens bloqueados, incluindo o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli e os ex-diretores Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Nestor Cerveró e Renato Duque (Serviços).
O aval para a compra de Pasadena foi dado pela então chefe do Conselho de Administração da Petrobras, Dilma Rousseff. Ela diz que se baseou num parecer falho, elaborado por Cerveró, que omitia cláusulas prejudiciais do negócio. Do contrário, assegurou, não votaria a favor. O ex-diretor, preso na Lava Jato, é hoje um dos delatores da operação.