Tiroteio na Maré

Suspeito de matar cabo do Exército é baleado no Rio

Homem que teria assassinado militar foi preso após atendimento médico

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Rio – Menos de 48 horas após a morte do cabo Michel Augusto Mikami, de 21 anos, um homem apontado pelas Forças Armadas como suspeito foi baleado na madrugada deste domingo durante tiroteio com militares da Força de Pacificação que ocupa as comunidades do Complexo da Maré, na zona norte do Rio. O homem foi encaminhado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, recebeu “cuidados médicos” e está preso sob custódia da Polícia Militar.

Ao menos por ora, o Exército não afirma haver ligação entre o suspeito baleado, que não teve o nome divulgado, e a morte do militar, na última sexta-feira à tarde. De acordo com a Força de Pacificação do Exército na Maré, militares faziam “patrulhamento ostensivo” pela região da favela Nova Holanda quando o “suposto envolvido com facções criminosas” atirou contra o grupo. “A tropa respondeu de forma proporcional, de acordo com as regras de engajamento e atingiu o suspeito”, informou o Exército.

Ainda segundo a Força de Pacificação, “enquanto se dirigia em direção ao suspeito atingido, a fim de prestar os primeiros socorros, a tropa recebeu novos disparos de outros suspeitos, contudo conseguiu evacuar o suspeito ferido que se encontra preso e recebendo cuidados médicos”. Com o suspeito, de acordo com os militares, foi apreendida uma pistola. “Foi lavrado um auto de prisão em flagrante delito pelo crime de tentativa de homicídio contra a tropa”.

Neste sábado, o corpo do cabo Michel Mikami foi transportado para Vinhedo (SP), cidade natal do militar, que morreu após ser baleado na cabeça durante confronto na Maré. O enterro estava marcado para este domingo. Um inquérito policial militar foi aberto pelo Exército para apurar a morte do jovem e, segundo os primeiros resultados da investigação, os responsáveis pelo assassinato seriam traficantes do grupo de Thiago da Silva Folly, o TH, um dos chefes do tráfico de drogas na Maré, que fazem parte da facção criminosa Terceiro Comando Puro. (Tiago Rogero/AE)

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