RUMO À IMPLOSÃO

Suposto apoio a Imbassahy é 'plantação' do líder do governo, André Moura

Arthur Lira nega 'apoio de líderes' à permanência do ministro

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André Moura planta notícias para ver se cola.

O líder do governo de Michel Temer (PMDB) no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), é aparentemente o último aliado que restou ao ministro Antônio Imbassahy (PSDB-BA), tanto assim que tem sido atribuída a ele a "plantação" em veículos de imprensa a "notícia" do suposto apoio dos líderes aliados à sua manutenção como titular na Secretaria de Governo.

O líder do PP na Câmara, deputado Arthur Lira (AL), por exemplo, não está entre "os líderes da base aliada" que apoiam a permanência de Imbassahy. Muito pelo contrário: Lira acha que o ministro não continuará no cargo, mas, se isso acontecer, "o governo terá muitas dificuldades nas futuras votações", inclusive a Reforma da Previdência.

A situação de Imbassahy é tão ruim que ele já não despacha com qualquer líder de partido aliado ao governo, que perderam o respeito por ele tanto quanto os próprios assessores, que se reportam ao ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) ou ao próprio presidente Michel Temer.

Não se sabe ao certo por que a permanência de Imbassahy é do interesse de André Moura. A interpretação mais acreditada, no próprio governo, é a de que o ainda ministro, fragilizado politicamente, se transformaria em "Mouradependente". Mas há quem acredite, na Câmara, que o deputado sergipano tenta articular em favor de Imbassahy a pedido do próprio Michel Temer. Outra interpretação atribui a iniciativa de Moura à tentativa de dividir o grupo de apoio ao deputado Carlos Marun (PMDB-MS), o favorito do Centrão. 

A saída de Imbassahy é mais que esperada, na opinião de Arthur Lira, que jamais escondeu esse desejo. A queda de Imbassahy é um pleito de todos os partidos da base aliada, do PMDB ao Centrão, grupo formado por partidos como PP, PSD e do PR.

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