STJ manda PF continuar investigações sobre Cabral e Negromonte
Ministro determinou que depoimentos de Youssef sejam tomados por juiz
O ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ordenou que a Polícia Federal (PF) continue as investigações sobre o pagamento de propina de R$ 30 milhões em benefício da campanha de reeleição de Sérgio Cabral (PMDB) ao governo do Rio de Janeiro. Cabral negou em depoimento à PF que tivesse utilizado 'caixa 2' na campanha de 2010.
O ex-governador virou alvo das investigações após o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmar em delação que ele "pediu R$ 30 milhões para a campanha de sua reeleição, juntamente com Pezão".
Outro envolvido é o ex-ministro das Cidades Mario Negromonte (PP), citado na delação do doleiro Alberto Youssef, que revelou esquema de repasses para agentes públicos e partidos, oriundos da implantação do sistema rastreamento veicular obrigatório. De acordo com Youssef, Negromonte participou ativamente da corrupção enquanto chefiava a pasta no primeiro governo Dilma.
O ministro do STJ também determinou que os depoimentos de Youssef sejam tomados por um juiz instrutor e não mais pelos investigadores da Polícia Federal.