Cumpre-se o fado

Socialista derrotado pode virar primeiro-ministro português

PSD se desgasta reerguendo o país, e o PS volta ao poder para estragar tudo outra vez

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O primeiro-ministro português Pedro Passos Coelho (PSD) vive um momento inusitado, na política portuguesa. Ele venceu a disputa pela reeleição, abrindo sete pontos percentuais em relação ao principal adversário, do Partido Socialista (PS), mas, ainda assim, deve perder a chefia do governo.

A rigor, a Assembléia da República ignorou a vontade dos eleitores portugueses. O PS, da chamada "esquerda moderada", uniu-se aos partidos mais radicais de esquerda para derrubar o governo, aprovando uma moção de censura que na prática inviabiliza a concretização da vontade do eleitor.

Passos Coelho em campanha. (Foto: Ag Lusa)

Com isso, cumpre-se o fado, como dizem os portugueses: governos socialistas portugueses sempre deixam o país em situação falimentar, os sociais-democratas são chamados pela população a reeguer a economia. No governo, o OPSD promove ajuste fiscal tão duro quanto necessário, reduzindo os custos a máquina pública, equilibrando contas etc, mas ao enfrentando grande desgaste político. Em razão desse desgaste, os socialistas voltam a prometer mundos e fundos, privilégios etc, vencem a eleição, levam o país à bancarrota outra vez e começa tudo de novo.

No caso mais recente, quando o PSD de Passos Coelho venceu a eleição há quatro anos, além de entregar um país em estado falimentar, o PS ainda legou o maior escândalo de corrupção da História de Portugal, que resultou na prisão do ex-primeiro-ministro socialista José Sócrates.

Agora, com a moção de censura ao governo de Passos Coelho, resta ao presidente português Aníbal Cavaco Silva convocar novas eleições ou convidar o PS a, novamente, formar um novo governo. Que, novamente, deverá conduzir a frágil economia portuguesa a nova situação de crise em futuro próximo.

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