CEI DOS COMBUSTÍVEIS

Sindicombustíveis vai depor na Câmara sobre suposto cartel em Maceió

Vereadores ouvirão donos de postos de Maceió, no dia 7

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A Comissão Especial de Inquérito (CEI) criada pela Câmara Municipal de Maceió para investigar os indícios de cartelização da venda de combustíveis na capital alagoana decidiu convocar o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Alagoas (Sindicombustíveis/AL) para depor, na próxima quarta-feira (7).

A convocação foi definida em reunião da CEI com integrantes do Ministério Público Estadual (MP/AL) e do Procon, na tarde de ontem, quando também ficou definida para o dia 21 de junho a data da reunião com representantes das distribuidoras de combustíveis no Estado.

Resistindo a tentativas de pressões internas e desinteresse de um grupo de vereadores, a CEI dos Combustíveis investiga a cartelização e já identificou uma diferença de apenas R$ 0,05 no preço do litro da gasolina comum, em 113 dos 115 postos de combustíveis pesquisados pela comissão da Câmara de Maceió.

Variação de apenas cinco centavos é investigada na Câmara (Foto: CMM)O presidente da CEI, vereador José Márcio Filho (PSDB), comemorou o engajamento do MP de Alagoas, por meio do promotor Marx Martins, que integra a Promotoria de Defesa do Consumidor da Capital. O diretor do Procon, João Neto já entregou à CEI notas fiscais da compra dos combustíveis, que foram negadas pelos donos de postos em Maceió.

“Já havíamos nos reunido com OAB e Procon, e hoje recebemos o MPE que é mais um aliado na busca de tirarmos a limpo o que de fato acontece em Maceió para a gasolina ser mais cara que em cidades como Arapiraca, por exemplo, que o litro por lá chega a custar R$ 3,40, e aqui na capital, dependendo do posto, pode ser vendido a até R$ 4,00, mas com claro tabelamento de preço nos 115 postos que foram alvo de pesquisa encomendada pela própria comissão. Agora, marcamos uma reunião para o dia 7 com o Sindicombustíveis para saber o que eles têm a dizer”, declarou José Márcio Filho.

FISCALIZAÇÃO

Desde a última terça-feira (30), os fiscais do Procon têm intensificado a fiscalização, que já é de rotina, para fazer levantamento a respeito dos preços, custos e notas fiscais nos postos de combustíveis de Maceió. A iniciativa também visa constatar se o preço da gasolina, por exemplo, continua alinhada entre os 115 pontos de venda em Maceió.
Ao lado do presidente José Márcio Filho, estiveram presentes ao encontro com MPE e Procon os demais membros da CEI, o relator Silvânio Barbosa (PMDB), Luciano Marinho, vice-presidente (PTN), Silvânia Barbosa (PRB), Francisco Sales (PPL), Lobão (PR) e Samyr Malta (PSDC).

Diário do Poder apurou que recados, com alertas ao vereador sobre eventuais consequências políticas do resultado da CEI, teriam sido enviados com informações de que, por exemplo, haveria parentes de pessoas influentes à frente dos postos.

Somente três vereadores não subscreveram o requerimento para a instalação da CEI: Chico Filho (PP), Dudu Ronalsa (PSDB) e Eduardo Canuto (PSDB).

O Sindicombustíveis de Alagoas afirmou só se pronunciar, "após tomar conhecimento oficialmente sobre o que motivou a investigação da Câmara". (Com informações da Assesssoria da Câmara)

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