Sindicato faz ameaças usando nome do PCC no Porto de Santos

Um sindicato de caminhoneiros do Guarujá, no litoral paulista, está sendo acusado de ameaçar trabalhadores e empresas do porto de Santos dizendo ter ligações com a facção criminosa PCC. De acordo com o Ministério Público, o grupo cobra pelos fretes um valor acima de mercado e pressiona companhias para garantir uma carga diária mínima para o sindicato.

As empresas que não atenderem às demandas mínimas estipulada pelo sindicato, têm seus terminais fechados por protestos. Há casos de concorrentes agredidos e caminhões danificados ou incendiados.

A promotoria descreve o grupo como ?assombroso, assustador, incontrolável, devastados?. Ainda de acordo com o MP, ?(o grupo) invoca apoio da facção criminosa conhecida como Primeiro Comando da Capital (PCC) para ameaçar vítimas, invadindo cooperativas e associações de caminhoneiros, exigindo que tais entidades cessem suas atividades para que o Sindcon possa manipular as empresas transportadoras?.

As investigações do Ministério Público apontam que o líder do bando é o ex-vereador do Guarujá José Nilton de Oliveira (PP), conhecido como Doidão.

A ação da Promotoria paulista ainda não foi julgada. A Justiça de São Paulo diz que a ação deve ser federal, por envolver crimes federais, o que é contestado pela Justiça Federal. Caberá ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir sobre a competência.