Sindicato defende servidor que fechou posto para fazer festa
SINDPREV critica imprensa e secretário que defendeu pacientes
O SINDPREV de Alagoas publicou nota de repúdio em defesa dos servidores do maior posto de saúde da capital alagoana, contra as reações da imprensa e o secretário municipal da Saúde, José Thomaz Nonô, diante do fechamento do PAM Salgadinho para uma confraternização de funcionários, em pleno horário de expediente na última quarta-feira (14).
Sem citar a suspensão do atendimento, retomado no início da manhã após ação da imprensa e do secretário, o sindicato que defende os trabalhadores da saúde chamou de sensacionalista a cobertura da imprensa e “algumas frases infelizes” do secretário municipal quando se referiu aos funcionários do PAM Salgadinho.
Como se uma postura inadequada tivesse de ser aceita por causa do histórico de luta dos servidores, o SINDPREV-AL lembrou das mobilizações dos funcionários do PAM diante do que chamou de “quase extinção do local de trabalho, o que prejudicaria enormemente milhares de alagoanos”, em referência ao fechamento da unidade após problemas estruturais herdados pela gestão do prefeito Rui Palmeira (PSDB).
O assunto foi naturalmente exposto na imprensa como absurdo e desrespeito com pacientes do SUS e foi classificada como maluquice por Nonô. A própria direção do PAM Salgadinho pediu exoneração, admitindo a falha. E somente a diretora-geral Maria Alice Gomes Ataíde teve o pedido aceito, por assumir a responsabilidade.
Leia a nota de repúdio do SINDPREV-AL:
“O SINDPREV-AL vem a público repudiar a forma sensacionalista que alguns veículos de comunicação trataram a confraternização dos servidores do PAM Salgadinho, além de algumas frases infelizes do atual secretário municipal de Saúde quando se refere aos funcionários do PAM Salgadinho.
Somos testemunhas da abnegação e grande espírito público que tiveram esses servidores do PAM quando da quase extinção do local de trabalho, o que prejudicaria enormemente milhares de alagoanos. Esses servidores lutaram por mais de um ano, com manifestações públicas, atos e outras ações para impedir o fechamento do PAM Salgadinho.
Portanto, esses mesmo servidores não deveriam ter sido execrados publicamente em nível nacional. Fica aqui a nossa repulsa ao sensacionalismo da imprensa e a nossa solidariedade aos guerreiros e guerreiras do PAM Salgadinho e todos/as os servidores públicos da saúde municipal de Maceió, que não mede esforços em manter os serviços funcionando, apesar da falta de recursos.
A DIREÇÃO