Novo delator

Sérgio Moro homologa delação de lobista ligado a Dirceu

Lobista Fernando Moura pode garantir pena longa a ex-ministro

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O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, homologou nesta segunda-feira, 21, a delação premiada do empresário Fernando Antônio Guimarâes Hourneaux de Moura, apontado pela força-tarefa do Ministério Público Federal como lobista ligado ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula) e ao PT. Fernando Moura foi preso, com Dirceu, no dia 3 de agosto, na Operação Pixuleco, 17ª fase da Lava Jato.

Moura foi o principal "operador" de José Dirceu quando ele chefiava a Casa Civil do governo Lula. Chegou a entrevistar cadidatos para a diretoria da Petrobras e empresas subsidiárias, incluindo Renato Duque, ex-diretor de Serviços já condenado a 28 anos de prisão pelo juiz Sérgio Moro. O lobista Fernando Moura, que após o mensalão decidiu residir em Miami, sabe de todos os segredos de Dirceu e também do ex-presidente Lula.

O empresário celebrou acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal, no Paraná. Fernando Moura seria um operador de propina que representava os interesses de Dirceu na Petrobrás. Foi ele o responsável por indicar o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque como cota do PT, no esquema de corrupção na estatal. Duque foi preso na Operação ‘Que País é esse?’.

O nome de Duque, funcionário de carreira da estatal, foi apresentado por Fernando Moura a Silvio Pereira, então indicado por Dirceu para preencher cargos de primeira escalão no governo que se iniciava, em 2003.

Desde então, a relação entre Moura e Dirceu se estreitou. Ficaram amigos. Todos os negócios relativos a Petrobrás que envolviam algum interesse do grupo de Dirceu na estatal passavam por Moura. Era ele o encarregado de fazer a ligação entre a Petrobrás, os operadores e os empresários. 

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