mão-de-obra

Senado gasta R$ 172 milhões por ano com terceirizados

Esse é o valor gasto todos os anos com terceirizados

acessibilidade:

A prestação de serviço dos terceirizados do Senado Federal custa aos cofres públicos R$ 172 milhões ao ano. Parlamentares alegam que são necessários R$ 14,4 milhões mensais gastos na contratação de mão de obra para que a Casa funcione em perfeitas condições.

É forte a relutância dos políticos no corte de gastos, como o anunciado em fevereiro pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), que resultou na demissão de 512 terceirizados. E é por isso que parte deles acaba readmitida como divulgou com exclusividade o Diário do Poder.  

De volta aos trabalhos, desde 18 de outubro, quando o Senado assinou um termo aditivo para contratar 65 prestadores de serviço pela Planalto Service Ltda, os funcionários retomam suas antigas atividades nas áreas administrativas e gabinetes.

Mas agora eles são recontratados como apoio operacional, nomenclatura dada às pessoas que desempenham atividades mais simples na Casa, como copeiros, office-boys. O claro desvio de função, no entanto, é ignorado pelo Sindicato dos Terceirizados (Sindserviços).

Responsável jurídico do Sindserviços no Distrito Federal, Georgete Alves dos Santos não vê desvio de função na recontratação dos terceirizados. Ele alega que não há uma clara definição em lei para o cargo de ?apoio operacional?.

Georgete ainda adianta que o sindicato nada pode fazer caso não haja reclamação formal e coletiva dos recontratados que sofrem com desvio de função. Ele também sabe que o pedido é quase improvável uma vez que, ao denunciar, o funcionário fica ameaçado a perder novamente o emprego.

Um levantamento publicado pelo jornal Metro, dirigido pelo jornalista Cláudio Humberto, mostrou que o Senado assinou desde 2008, 108 aditivos para empregar terceirizados. Esses profissionais representam 40% do quatro de trabalhadores da Casa.

Reportar Erro