Só 11 cassam

Sem reação ao voto secreto, Câmara pode absolver Raad

Ausência da Câmara em recorrer da decisão judicial ajuda deputado

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Já somam onze os deputados distritais que assumem abertamente o voto pela cassação do deputado distrital Raad Massouh (PPL). A ausência de uma medida mais rígida da Mesa Diretora da Câmara Legislativa em revidar a determinação judicial que garante o voto secreto poderá beneficiar o parlamentar acusado de desviar recurso de emendas parlamentares. Para a perda do mandato, seriam necessários 13 votos, dois a mais que o placar atual.

A votação continua mantida para a tarde desta quarta-feira (30) no plenário da Câmara. O presidente da Câmara, Wasny de Roure (PT), adiantou que toda a bancada petista deve decidir pela quebra de decoro do parlamentar. ?É uma decisão de bancada, votamos pela cassação?, disse hoje em entrevista ao programa Gente Brasília, da rádio BandNews FM. Além dos seis petistas, Liliane Roriz (PRTB), Celina Leão (PDT), Joe Valle (PDT), professor Israel (PV) e Doutor Michel (PP) confirmam voto aberto pela perda de mandato adiantado pelo Diário do Poder na semana passada.

Wasny de Roure tentou justificar a ausência de medidas da Casa em recorrer da decisão judicial alegando ser “consenso” da Mesa Diretora, mas ao ser apertado pelo jornalista Cláudio Humberto, deixou a entender que não tinha domínios dos prazos judiciais que o Supremo Tribunal Federal (STF) levaria para dar parecer liminar sobre o assunto. (Ouça abaixo a entrevista na Rádio BandNews)

Se cassado, Raad Massouh entra para a história como terceiro deputado a perder o mandato na Câmara Legislativa. O primeiro foi Carlos Xavier, em 2004, e Eurides Brito, em 2010. Quatro nomes lutam para salvar o colega da forca: Olair Francisco (PTdoB), Wellington Luiz (PMDB), Agaciel Maia (PTB) e Rôney Nemer (PMDB).  Até mesmo uma viagem a São Paulo está nos planos dos distritais para esvaziar o plenário. ?Não deu tempo de voltar para a votação?, seria a justificativa ?plausível?.

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