Sem apoio da população, médicos e metroviários encerram greve
Médicos e metroviários do DF já são os mais bem pagos do país
Em assembléias realizadas na noite desta quinta-feira (12), médicos e metroviários do DF decidiram retornar ao trabalho, mesmo não tendo obtido os ganhos que reivindicavam. A crescente perda de apoio da população foi decisiva para o desfecho melancólico das paralisações.
A greve dos médicos, que a Justiça considerou ilegal, começou em 8 de outubro e no metrô a paralisação teve início no dia 3 deste mês. Apesar das queixas, ambas as categorias são as mais bem pagas no serviço público em todo o Pais. A média salarial dos metroviários do DF, por exemplo, é superior à média salarial da mesma categoria em São Paulo, o Estado mais rico da federação.
O presidente do Sindicato dos Médicos do DF, Gutemberg Fialho, que ameaçou “boicote ao governo” até o final da gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB), chamou a proposta do governo de “indecente” e “sambarilove”. A greve que ele liderou foi considerada ilegal já no dia seguinte ao seu início, mas o sindicato ignorou completamente a decisão da Justiça, assim como a multa diária de R$ 100 mil.