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Secretário no DF vira alvo de fofocas de interessados em controlar publicidade

Saída do secretário de publicidade despertou a cobiça que ataca ugo braga

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O jornalista Ugo Braga, secretário de Comunicação do governo do DF, está pagando um preço elevado pela permanente defesa que faz do governador Agnelo Queiroz (PT), na condição de seu porta-voz. No auge do escândalo envolvendo o bicheiro Carlos Cachoeira, ele travou nas redes sociais um duelo com o deputado Francischini (PSDB-PR), que é delegado da Polícia Federal e atacava o governador. Nesses bate-boca virtual, o secretário inclusive exibiu em sua página links para sites que divulgavam denúncias contra o parlamentar. Agora, virou alvo do deputado e dos demais adversários do governador do Distrito Federal.

Após a revelação de que pessoas ligadas ao PT criaram páginas “fakes” assinadas por falsos personagens, com elogios ao governo do DF e críticas aos seus adversários, prosperou na Câmara Legislativa a fofoca de que o caso estaria sendo investigado pela PF, por influência do deputado-delegado, e que Ugo Braga estaria entre os que tiveram os sigilos telefônico e bancário quebrados. A intenção, inclusive de “fogo amigo”, era a de “queimar” o jornalista num momento importante: a iminente absorção da Secretaria de Publicidade pela Secretaria de Comunicação, chefiada por Braga.

O dirigente petista Abimael Nunes chefiava a Secretaria de Publicidade até a semana passada, quando Agnelo o transferiu para a coordenação de articulação política. E isso deflagrou uma verdadeira “corrida” pelo cargo. Abimael pertence à mesma facção petista do presidente da Câmara Legislativa, deputado Wasny de Roure, que teria ficado irritado com sua destituição. Somou-se à insatisfação de alguns petistas a tentativa dos opositores de provocar um novo desconforto político ao governador Agnelo usando o seu secretário de Comunicação. Para completar o quadro de interessados em desgastar a imagem do porta-voz, diversos grupos ligados a empresas, agências de propaganda, lobistas e até a políticos de outros partidos e de outros Estados, passaram a disputar o estratégico cargo de subsecretário de Publicidade

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