Espaço

Rússia testa primeiro foguete espacial desde a era soviética

Teste de foguete espacial, porém, não saiu como esperado

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Rússia lançou o foguete Angara, seu primeiro novo projeto de um veículo espacial desde a era soviética, do porto espacial militar de Plesetsk, no norte do país, na quarta-feira, com o objetivo de quebrar sua dependência de fornecedores estrangeiros, bem como da plataforma de lançamento de Baikonur, no Cazaquistão.

A estreia discreta do foguete Angara contrastou com a transmissão ao vivo de uma embaraçosa primeira tentativa de lançamento abortada, assistida pelo presidente Vladimir Putin via link de vídeo no Kremlin.

“O primeiro teste de lançamento do foguete espacial Angara -1,2 PP foi conduzido pelas Forças de Defesa Aérea e Espacial”, disse o Ministério da Defesa da Rússia em um comunicado, reproduzido por agências de notícias russas.

O foguete decolou às 16 horas de Moscou (9 horas, no horário de Brasília), ele disse, em um voo curto planejado de cerca de 20 minutos por toda a linha da costa ártica da Rússia.

Há mais de duas décadas sendo construída, a nova geração de foguetes Angara é a chave dos esforços do presidente Vladimir Putin para reformar a indústria espacial uma vez pioneira, mas debilitada depois de anos de cortes no orçamento e de uma fuga de cérebros na década de 1990.

O designer da primeira fase do motor RD-191, Energomash, atribuiu o fracasso do primeiro lançamento experimental a uma queda na pressão do tanque de oxigênio líquido.

O foguete é o primeiro projetado e construído inteiramente dentro das fronteiras da Rússia pós-soviética, sob determinação do então presidente Boris Yeltsin na década de 1990 para quebrar a dependência da Rússia de outras ex-repúblicas soviéticas e de uma plataforma de lançamento que o país aluga no Cazaquistão.

Um potencial rival comercial para o Arianespace da França e o SpaceX, baseado na Califórnia, foi projetado para substituir o russo Proton, que passou por uma série de fracassos embaraçosos.

Mas especialistas do setor estimam que seu desenvolvimento custou bilhões de dólares, e os foguetes Angara só vão se tornar comercialmente viáveis em uma década, se lançados de uma nova base que a Rússia está construindo no Extremo Oriente. (Alissa de Carbonnel/Reuters)

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