VAI PARA BRIGA

Rui Palmeira quer vencer Renan em 2018, mesmo vendo PSDB minado por Aécio

Prefeito de Maceió promete derrotar grupo de Renan em Alagoas

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O prefeito da capital alagoana, Rui Palmeira (PSDB) é pressionado pelos partidos de sua base a definir logo se será candidato em 2018 contra o governador Renan Filho (PMDB). Mesmo dizendo não se sentir pressionado e avaliando que o PSDB foi fragilizado pela situação “delicada” do líder nacional e senador tucano Aécio Neves (MG), o prefeito de Maceió garante que seu grupo terá candidato ao Governo de Alagoas e ao Senado “para ganhar as eleições”.

A pressão para que Rui duele com o filho do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) é motivada pela vitória expressiva do prefeito tucano, em 2016, ao garantir a reeleição contra o grupo político apoiado pela família Calheiros, em confronto direto contra o ex-prefeito recordista de votos em Maceió, o deputado federal Cícero Almeida (PMDB-AL).

Em uma de suas inspeções de obras para minimizar os danos que as fortes chuvas causaram às vias da capital alagoasna, Rui Palmeira disse ao Diário do Poder que, independente de quais sejam os nomes na disputa de 2018, ele não tem dúvida de que terá candidatos "para vencer" as eleições majoritárias, contra Renan Filho e Renan Calheiros, que lidarão com o desgaste dos inquéritos que investigam suspeitas de corrupção no âmbito da Operação Lava Jato.

Mantendo mistério e a disposição de definir sobre as eleições somente no próximo ano, o prefeito tucano garantiu pelo menos uma coisa: Não deve ser ele o candidato nordestino a vice-presidente na eventual chapa presidencial do prefeito de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB).

Confira a entrevista:

Como o senhor tem lidado com a pressão de sua base para ser candidato a governador em 2018?

Quando a gente teve a vitória, não minha, mas de um grupo político que me apoiou no ano passado, é normal, é natural que as pessoas queiram me estimular, me incentivar. Mas eu não me sinto pressionado com isso. Eu tenho dito que a gente vai tratar de eleição no próximo ano. Acho que o nosso grupo é um grupo forte, tem partidos fortes, lideranças políticas fortes e vamos ter candidato ao Governo de Alagoas e ao Senado, para ganhar as eleições, não tenho a menor dúvida. A gente vai para brigar, para concorrer, respeitando o governador e os senadores que estão aí no mandato. Mas tenho certeza de que a gente vai montar uma chapa muito forte, buscando a vitória na eleição de 2018, independente de quem sejam os nomes.

O apoiadores de João Doria falaram em buscar um vice do Nordeste. O senhor estaria disposto a ser vice, nessa disputa presidencial?

[Risos] Isso é especulação. Tem muita coisa para rolar. A gente não sabe nem quem vai ser o candidato do PSDB, nem quais serão as regras da próxima eleição. Então, tem muita água para rolar daqui pra lá.

Após os novos desdobramentos, como o senhor a situação do senador Aécio Neves?

Olha, é uma situação política muito delicada. Foi nosso candidato a presidente que, por muito pouco, não se elegeu. E está em uma situação política extremamente delicada, respondendo a alguns inquéritos e, claro, fragiliza o partido como um todo. O PSDB certamente tem outros quadros que podem competir em 2018. E a gente tem que apostar nesses quadros. A exemplo do Geraldo Alckmin e do prefeito [de São Paulo] João Doria. Então é buscar um nome forte para disputar também com chances de vitória 2018.

Há chances de ser uma injustiça, a condenação do Lula, como os petistas tentam defender?

Acho difícil. A própria sentença… Tive cuidado de ler um trecho dela e as provas são realmente muito fortes. Mas, claro, cabe ao presidente Lula recorrer e argumentar em cima de seu ponto de vista em relação a isso.

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