Doação eleitoral

Romero Jucá vira réu no Supremo em processo ligado à Odebrecht

O senador também é investigado em outros doze inquéritos no STF

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Por unanimidade, nesta terça-feira (13), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o senador Romero Jucá (MDB-RR) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, em um desdobramento da Operação Lava Jato.

O ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Mello Filho, afirmou em delação, que em 2014, a empreiteira fez uma doação oficial de R$ 150 mil ao diretório regional do MDB em Roraima, que teria repassado a quantia para a campanha ao governo do Estado de Francisco de Assis Rodrigues, na mesma chapa onde Rodrigo Jucá, filho do senador, concorria a vice-governador. 

Segundo a denúncia, enquanto isso, Jucá tratava da aprovação, no Congresso Nacional, de duas Medidas Provisórias (MPs) que iriam beneficiar a Odebrecht.

No entendimento do MPF, a doação foi feita em contrapartida à atuação do senador. Na época, Jucá propôs emendas para modificar os textos das MPs 651 e 656, de modo a garantir benefícios fiscais a empreiteira.

No entendimento do advogado de Jucá, Antonio Carlos de Almeida Castro,  Kakay, a acusação abre uma necessidade de se discutir o papel do parlamentar nas democracias representativas. "O Senador agiu na absoluta competência que lhe da o cargo ao defender emendas, de maneira clara e transparente, dentro de sua competência e atribuição".

 

 

 

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