Rival de Renan só decide em abril se vai disputar governo de Alagoas

Em fase de intensificação das conversas com os partidos aliados, prefeitos e parlamentares, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), diz que ainda não sabe se disputará as eleições em outubro, contra a reeleição do governador Renan Filho (PMDB). O rival dos Calheiros passou o ano passado dizendo que só trataria de 2018, em 2018. Mas esticou o prazo até abril, prazo final para sua renúncia, caso queira disputar as eleições majoritárias.

O prefeito tucano vê como óbvia a pressão dos aliados. Mas afirma que, somente a partir desse diálogo com as lideranças, tomará a decisão, com cabeça fria e no tempo certo. Até lá, diz que seguirá trabalhando, conversando e avaliando os cenários. E garante muito engajamento no processo eleitoral “direta ou indiretamente”, em uma chapa com candidatos competitivos ao Governo e ao Senado.

“Essa dúvida a gente só deve tirar no dia 7 de abril, que é o prazo fatal que tenho para deixar a prefeitura, em caso de candidatura. O que eu digo para a população é que a gente continua focado em trabalhar na cidade. A gente está com muita tranquilidade. Acho que a gente precisa continuar trabalhando, mostrar para a população e chegar bem, com a cabeça tranquila e fria, para tomar a decisão”, disse o prefeito, sem descartar disputar uma das duas vagas de senador, contra a reeleição de Renan Calheiros (PMDB-AL).

Caso não seja candidato, Rui Palmeira desmonta boa parte do discurso do governador Renan Filho, que passou os último dois anos pautando suas ações de governo para suprir dificuldades e falhas da administração tucana na capital.

O prefeito segue sendo o único candidato competitivo a ameaçar a reeleição do governador e, de quebra, do senador Renan Calheiros. Mas o tucano sabe que largar na frente não é a melhor estratégia para disputar contra um governador e um senador que apostam tudo nas candidaturas à reeleição, em 2018, para poder garantir subrevida no cenário político estadual e nacional.

Rui Palmeira foi reeleito em 2016, contra o recordista de votos na capital alagoana, deputado federal Cícero Almeida (Pode-AL), ex-prefeito que estava no PMDB, sendo apoiado pelo governador Renan Filho e pelo então presidente do Senado, Renan Calheiros.