De carona na polêmica

Izar quer proibir testes de cosméticos em animais

Ricardo Izar quer aprovar projeto de lei para impedir testes em animais

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Episódio que causou repulsa aos amantes dos animais, a prisão dos 178 cães para testes de cosméticos no laboratório do Instituto Royal, que fica São Roque, a 59 km de São Paulo, poderia ter sido evitada. Um projeto de lei apresentado pelo deputado federal Ricardo Izar (PV-SP) contra o uso dos animais como cobaias se arrasta na Câmara dos Deputados à espera de votação.

Outra proposta do parlamentar que obriga divulgar a informação de teste em bichos no rótulo do produto também está empacada nas tramitações da Casa. ?O Brasil deveria acompanhar os países avançados que não usam mais animais vivos para testar seus produtos?, criticou Izar. Ele marcou para a próxima semana uma audiência pública para tratar do assunto na Câmara dos Deputados.

?Sabemos que o projeto pode levar anos até ser aprovado, por isso, queremos que o Conselho Nacional que trata dos animais baie uma portaria com a proibição do experimento dos produtos nos animais?, alegou. Izar alega que já está provado ser possível avaliar medicamentos ou produtos sem fazer uso de animais vivos. ?Na Europa e nos Estados Unidos, os animais vivos são substituídos por modelos computadorizados nos experimentos, afirma o parlamentar.

Na madrugada desta sexta-feira (18), ativistas derrubaram um portão e invadiram o laboratório do Instituto Royal para retirar 178 cães que estavam no complexo. Eles receberam uma denúncia de que os animais sofriam maus-tratos. Após tirar os animais do ‘cativeiro’, os ativistas estão oferecendo os beagles à adoção.

Já a gerente do Instituto, Sílvia Ortiz, registrou boletim de ocorrência contra a invasão da empresa e classificou o ato dos ativistas como terrorismo. Ela admite que a empresa realiza testes com animais, mas nega qualquer tipo de maus-tratos. Afirma ainda que o laboratório segue as regras e tem certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

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