Troca de Mensagens

Revelado como Geddel, ex-ministro de Lula, atuou pela OAS

Além do lobby no governo, Geddel pediu emprego para um aliado

acessibilidade:

Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-ministro do governo Lula, atuou para atender a diferentes interesses da construtora OAS. Presidente do PMDB na Bahia, ele foi ministro entre 2007 e 2010 e vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa entre 2011 e 2013, no governo Dilma, cujo impeachment defende.

Ele fez pedidos de recursos à empreiteira para campanhas de aliados no interior da Bahia e para sua própria candidatura ao Senado em 2014 pelo PMDB, quando foi derrotado na disputa.

Além do lobby dentro do governo, Geddel pediu emprego na OAS para um diretor da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) — autarquia do Ministério da Integração Nacional — que havia sido demitido três meses antes.

Numa intensa troca de mensagens com Léo Pinheiro, então presidente da OAS, Geddel fez referências como “a solução nos contempla” (a respeito do aumento das chances da OAS de participar de concessões de aeroportos).

A dobradinha de Geddel e Pinheiro aparece com detalhes em relatório da Polícia Federal que relata as mensagens de celular encontradas em dois celulares do empreiteiro apreendidos num mandado de busca. O documento detalha torpedos e menções a 29 políticos.

As mensagens trocadas entre Geddel e o empreiteiro são as mais explícitas dentre as transcritas no relatório da PF. Só se comparam às conversas envolvendo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

No relatório, a PF afirma: “Geddel aparece em algumas oportunidades solicitando valores para Léo Pinheiro, em especial relacionado ao termo ‘eleição’ e outros apoios. Já Léo Pinheiro demonstra ver em Geddel um agente político que pode ajudar na relação da OAS com órgãos e bancos.

Reportar Erro