Operação Acrônimo

Reunião sobre ação contra Pimentel tem bate-boca na ALMG

Teve médico e polícia no debate sobre ação contra governador

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Teve xingamento e empurra-empurra entre deputados da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta quinta-feira (17), na primeira das seis reuniões do prazo para a votação da autorização ou não da abertura de processo contra o governador Fernando Pimentel (PT) no âmbito da Operação Acrônimo.

A discussão entre deputados da oposição e da base do governo foi de chamar médico e polícia. E a confusão do plenário, que foi fechado a corrente e cadeado, chegou até as galerias, no final da reunião em que opositores de Pimentel tentaram sem sucesso adiar a discussão e exigir votação nominal para apreciação do requerimento enviado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) à ALMG.

A principal confusão ocorreu entre os deputados Sargento Rodrigues (PDT), da oposição, e Agostinho Patrus Filho (PV), do bloco independente. Parlamentares tiveram que separar os brigões, em meio a provocações, xingamentos com palavras de baixo calão e dedos em riste.

Depois de ter de ser atendido por médicos, Patrus acusou Rodrigues de usar arma em plenário para tentar intimidar os deputados. O rival negou.

“Ele ficou bravo e estava proferindo palavras de baixo calão ali. Me mandou tomar não sei aonde ali embaixo. E eu falei com ele: ‘Então vai a tribuna e profere o palavrão. Bora ver se você é corajoso!’ Então ele se doeu mais ainda porque eu fiz essa provocação”, disse Rodrigues, em entrevista à imprensa.

“Sargento Rodrigues tem procurado intimidar os parlamentares desta casa. E não é desta forma agressiva, muitas vezes vindo armado para as reuniões, que ele vai intimidar os parlamentares”, denunciou Patrus.

Deputado Paulo Guedes (Foto: Ricardo Barbosa/ALMG)Correria e ‘pauladas’

No fim da sessão foi a vez do deputado Paulo Guedes (PT) sair correndo pela Casa, atrás de um manifestante que estava nas galerias, acusado de agressão e ameaças. “Fui agredido ontem. Com paus, paulada nas costas, soco, pontapés né? E hoje, assim que terminou a sessão, esse rapaz me agrediu verbalmente. Dizendo claramente: ‘Ontem você apanhou pouco. Nós vamos te pegar de novo”, relatou Guedes à imprensa.

A Polícia Legislativa foi acionada e o aposentado Reinaldo Quintella, alvo da ira do deputado, negou envolvimento. “Eu tava de costas para ele, saindo. Ele começou a falar lá que eu estava xingando ele. Eu não xingo deputado. Eu não tenho partido. Minha luta é contra a corrupção”, disse Quintella.

O plenário discute o parecer do deputado Rogério Correia (PT), aprovado pela CCJ, que recomenda a não autorização da abertura do processo contra o governador, é contrário à liberação do STJ para que processe a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) do suposto cometimento de crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, durante a campanha eleitoral de 2014, quando Pimentel foi eleito governador.

O regimento interno da ALMG prevê a realização de até seis reuniões ordinárias e extraordinárias, antes da votação. E, nesta sexta-feira (18), foram marcadas três reuniões extraordinárias para discutir o requerimento do STJ, às 9, 14 e 18 horas.

O quórum mínimo para votação é de 52 deputados (dois terços da Assembleia), mesmo número necessário para em votos contrários para derrubar o parecer e aprovar a autorização do processamento de Fernando Pimentel. Encerrada a votação em Plenário, a Assembleia encaminhará o resultado ao STJ em até dois dias. (Com informações da ALMG e G1 Minas Gerais)

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