Projeta Focus

Retração do PIB em 2015 passa de 2,06% para 2,26%

Produção industrial também mostrou piora significativa

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Após a divulgação pelo IBGE de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 2,6% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro e 1,9% ante o mesmo período de 2014, analistas consultados para o Relatório de Mercado Focus aprofundaram as previsões de queda da economia. De acordo com o documento divulgado na manhã desta segunda-feira, 31, pelo Banco Central, o PIB terá queda de 2,26% em 2015 e de 0,40% em 2016, de acordo com a mediana das estimativas.

Há duas semanas, os participantes da Focus previram pela primeira vez queda para o PIB do ano que vem. Na semana passada, a previsão de retração era de 0,24% ante uma alta de 0,20% apontada quatro semanas antes. Para este ano, a deterioração das previsões do mercado financeiro para a atividade no País é tendência já há alguns meses. Na semana passada, o boletim trazia uma previsão de recuo de 2,06% ante uma baixa de 1,80% vista quatro semanas antes.

O BC, apesar de também ter revisado para pior sua projeção para este ano, de queda de 0,6% para retração de 1,1%, segue mais otimista que o mercado. No Relatório Trimestral de Inflação de junho, a instituição informou que a mudança ocorreu em função de piora nas perspectivas para a indústria, cuja expectativa de PIB recuou de -2,3% para -3,0%. Uma nova edição do documento será apresentada no fim do mês que vem.

No boletim Focus de hoje, a projeção para a produção industrial também mostrou piora significativa: saiu de uma baixa de 5,20% para um recuo de 5,57%. Já para 2016, a mediana das estimativas foi reduzida de uma alta de 1,00% para +0,89%. Há quatro semanas, a mediana destas previsões eram de, respectivamente, -5,00% e +1,30%.

Para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, a projeção dos analistas passou por ajustes. Para 2015, subiu de 36,15% para 36,20% de uma semana para outra – a mediana estava em 37,00% há quatro edições da Focus. Para 2016, a taxa saiu de 38,50% para 38,60%. Há quatro semanas, estava em 38,50%.(AE)

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