Ligado ao PT

Renato Duque chegou à Petrobras por indicação de Dirceu

Ligado ao PT, Renato Duque era beneficiado pelo esquema de suborno

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Preso pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira, 14, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque foi indicado ao cargo pelo ex-ministro José Dirceu (PT). Segundo delações premiadas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e dois executivos ligados à Toyo-Setal ?empresa que tem contratos de mais de R$ 4 bilhões com a estatal?, Augusto Ribeiro de Mendonça Neto e Julio Camargo, Duque era beneficiado pelo esquema de suborno. O ex-diretor nega as acusações e entrou com uma ação contra Costa.

Ele foi preso durante a sétima fase da Operação Lava Jato, que investiga crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. A PF concentra as buscas de hoje em 11 grandes empreiteiras e cumpre 27 mandados de prisão contra executivos e outros investigados. Ao todo, 300 policiais participam da ação, que acontece em São Paulo, Paraná, Rio, Pernambuco, Minas e no Distrito Federal.

Além de Renato Duque, já foram presos o vice-presidente da construtora Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, e um diretor da Iesa Óleo e Gás. Também foram feitas busca e apreensão na sede da Camargo Correia, em São Paulo, e na sede da Mendes Júnior. Policiais também vasculharam endereços da Odebrecht e de três de seus executivos. Trata-se de Márcio Faria da Silva, Rogério Campos de Araújo e Saulo Vinicius Rocha Silveira.

Executivos das duas empresas são suspeitos de pagar propina a dirigentes da Petrobras em troca de contratos superfaturados em obras da estatal. Parte dos recursos do esquema era direcionada a partidos da base aliada do governo, entre eles o PT e o PMDB, segundo o inquérito.

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