LEILÃO DA TRANSPETRO

Renan Filho defende 'olhar direito' leilão de terminal de álcool

Governador acha que leilão no Porto é problema para deputados

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Provocado a falar sobre o assunto na manhã desta terça-feira (21), o governador Renan Filho (PMDB) foi a única autoridade alagoana a se manifestar a respeito da iniciativa da Transpetro de leiloar o terminal de álcool do Porto de Maceió. Ainda assim, Renan Filho pôs na conta da bancada federal aliada ao presidente Michel Temer (PMDB) a responsabilidade por analisar os efeitos nocivos e cobrar uma posição em defesa do setor produtivo alagoano.

A medida deve ser um duro golpe no setor sucroenergético de Alagoas e do Nordeste, pelos riscos de se ampliar as importações na região produtora de álcool. E de o Estado começar a importar álcool de má qualidade, em vez de exportar a produção local e fortalecer a economia cambaleante do setor que já é vítima das secas e da crise.

Questionado pelo Diário do Poder, durante encontro com a imprensa no Palácio Floriano Peixoto, Renan Filho confirmou a preocupação do setor produtivo, mas não demonstrou muito empenho em atuar politicamente contra a iniciativa da Transpetro. Criticou a agenda de privatizações de Temer, mas por três vezes, falou apenas na necessidade de “dar uma olhada” nos riscos que o leilão traz para Alagoas.  

“Tem que dar uma olhada, se vender o terminal de líquidos, de álcool, não vai induzir a importação de álcool, sobretudo em um Estado produtor, como o nosso. Na verdade, a gente tem que exportar álcool. Não importar álcool mais barato, porque vai criar mais dificuldade ainda, para o setor sucroalcooleiro, que já vive uma crise sem precedentes, inclusive, com a cooperativa solicitando recuperação judicial. Acho que tem que olhar direito. E é importante que o setor converse com a bancada federal; principalmente a bancada que apoia o Temer, para que seja discutida essa questão. É importante”, disse Renan Filho, ao Diário do Poder.

O ministro alagoano dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, também foi procurado pela reportagem a falar sobre o assunto. E disse "não estar sabendo" sobre o leilão que dará um duro golpe nas exportações do etanol produzido em Alagoas e no Nordeste, marcado já para o dia 7 de dezembro.

Quintella prometeu expor seu posicionamento, assim que se informar sobre o assunto.

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