CAMPANHA ENCOLHENDO

Renan critica prisão de corrupto condenado de olho na sua reeleição

Senador critica o STF porque sonha com Lula em seu palanque

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Sob a ameaça do avanço das 17 investigações contra ele, a maior parte na Lava Jato, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi às redes sociais, nessa quinta-feira (8), defender que o ex-presidente Lula, condenado a mais de 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, não seja preso. O objetivo de Renan é aumentar suas chances de reeleição, com a presença do ainda carismático petista em seu palanque, em Alagoas.

Renan tem medo de enfrentar a camoanha pela reeleição sem a presença do seu aliado condenado no palanque. O senador faz alarmismo. Diz que o Brasil será atirado na “mais insana e inconcebível crise institucional”, caso ocorra a prisão de Lula antes do trânsito em julgado de sua condenação.

Previsões alarmistas semelhantes foram feitas às véspetas do julgamento do recurso no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, e, Porto Alegre, e depois no Superior Tribunal de Justiça (STJ), semanapassada, e nada aconteceu. A prisão de condenados com sentençasconfirmadas em segunda instância é entendimento já pacificado no Supremo Tribunal Federal.

Renan vê Lula encolhendo junto com sua campanha (Facebook)Sem chances de mudar a realidade do inelegível e condenado ex-presidente petista, Renan sinalizou com a apelação por uma eventual mudança casuística da Constituição, através do Congresso Nacional, ao acusar o senador Eunício Oliveira (MDB-CE) e o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) de serem omissos e de encolher o Legislativo.

“Nenhuma democracia sobrevive sem Constituição e sem que um dos poderes assuma a condição de poder moderador. O Michel [Temer] encolheu. A omissão dos chefes do Legislativo encolheu o Congresso Nacional. Não tem jeito. Quando, na Constituinte, criamos o Supremo Tribunal Federal [STF] foi para guardar a Constituição, protegê-la, garanti-la, defendê-la. Não para modificá-la! Não cabe ao Supremo Tribunal Federal fazer isso”, disse Renan.

Na realidade, Renan vê Lula encolhendo junto com sua campanha. O senador alagoano que já presidiu o Congresso Nacional é alvo de uma dezena de investigações relacionadas à Operação Lava Jato, resultado de inquéritos conduzidos e autorizados pelo STF, após investigações da Polícia Federal e da Procuradoria Geral da República, que apontaram indícios de corrupção e recebimento de propina. Renan nega todas as acusações.

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