Cusparada

Relator recomenda suspensão do mandato de Jean Wyllys por quatro meses

Cuspe em Bolsonaro "macula" imagem da Câmara perante sociedade

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O relator do processo contra o deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) no Conselho de Ética, Ricardo Izar (PP-SP) recomendou a suspensão do mandato do colega por 120 dias devido à cusparada contra Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Segundo Izar, Wyllys quebrou o decoro parlamentar por infringir "deveres fundamentais", prejudicando a imagem não só do deputado, mas da própria Câmara. "É inegável que o ato perpetrado pelo representado possui natureza injuriosa, uma vez que macula a honra objetiva desta Casa, no que diz respeito à reputaçnao e à respeitabilidade de um dos Poderes da República perante a sociedade", diz o voto.

Na defesa, Wyllys não considera que o ato de cuspir em outro deputado justifique uma punição, ou seja, trata-se de uma prática tida como normal pelo deputado baiano eleito pelo Rio de Janeiro. À época, ele disse ter sido insultado por Bolsonaro e, por isso, cuspiu e correu pelo plenário.

Após a apresentação do relatório, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) pediu vista para analisar melhor o parecer antes de votar. Com isso, é preciso esperar mais dois dias úteis para a votação na comissão, o que pode adiar a votação para depois do recesso parlamentar.

Caso a suspensão seja aprovada pela Conselho de Ética, a decisão deve ser referendada pelo plenário, tal como ocorreu com a cassação do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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