ONU

Refugiados que chegam à Europa é ‘a ponta do iceberg’

“Enquanto não houver solução, esforços têm que ser feitos”

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O coordenador regional de refugiados do Alto Comissariados das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Amin Awad, disse nesta sexta-feira, 25, que não espera uma diminuição no fluxo diário de cerca de 8 mil refugiados por dia chegando à Europa, e alertou que isso pode ser apenas "a ponta do iceberg".

“Enquanto não houver uma solução para a Síria, enquanto as condições dos refugiados em países vizinhos não forem estabilizadas, esforços têm que ser feitos”, disse Awad.

O coordenador ainda disse que os países precisam se unir para uma abordagem global e sugeriu que o compromisso de parar com a guerra está sobre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.

“Os governos que poderiam fazer a diferença são os governos responsáveis por influenciar o destino da política e segurança globais do nosso mundo atual. Os líderes de nossa geração precisam agir rápido para encontrar uma solução para o problema da Síria antes que ele se torne global.”

Awad elogiou a decisão da União Europeia de contribuir com 1 bilhão de euros para os esforços humanitários da ONU, mas disse que, ainda assim, a quantidade não é suficiente e a situação precisa de mais dinheiro.

Dominik Bartsch, vice-coordenador humanitário no Iraque, disse, por sua vez, que 10 milhões de pessoas no Iraque devem precisar de ajuda humanitária até o final do ano, de onde 3,2 milhões já foram deslocadas.

Ele disse que a ONU está se planejando para o deslocamento de mais 500 mil pessoas da cidade iraquiana de Mossul, caso as forças iraquianas lancem uma ofensiva para tentar recuperar a cidade das mãos do Estado Islâmico. (AE)

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