Reforma trabalhista ainda é desconhecida da micro e pequena indústria

Resultados de pesquisa encomendada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi) mostram que a reforma trabalhista ainda gera dúvidas aos empresários de micros e pequenas indústrias (MPI’s). O levantamento mostra que 71% dos entrevistados conhecem o tema, mas apenas 15% se consideram bem informados sobre assunto. O levantamento aponta ainda que 11% acham que existem poucas informações e 29% alegam não saberem do que se trata.

A análise do empreendedor também sofre alteração ao não compreender totalmente as mudanças propostas. Essa falta de conhecimento fez com que 42% afirmassem que a reforma não trará nem benefício nem prejuízo aos seus negócios.

A regularização da terceirização, principal pauta da reforma, também é bastante desconhecida pelos empresários e apenas 16% consideram conhecer bem a questão. A falta de informações governamentais acarreta na análise sobre as modificações de contratação, e 46% dos empresários acreditem que as novas regras não afetarão suas indústrias e 33% acham que a medida não irá impactar a economia brasileira.

No mês de julho, as empresas conseguiram manter a linha de crescimento de dois meses e reduziram de 44% para 40% a taxa de inadimplência entre junho e julho, classificando os dois meses como os resultados mais baixos desde março de 2015. Outro ponto positivo é o aumento no índice de custos que superou os quatro anos anteriores e atingiu 150 pontos, ante os 130 pontos conquistados em junho. O índice, que tem medidas de 0 a 200, mostra quantas indústrias foram prejudicadas. Quanto menor e número, piores são os resultados.

A pesquisa, encomendada ao Datafolha pelo Simpi, foi apresentada na 53ª rodada do Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria, reconhecido como sinalizador de tendência. Para o presidente da Simpi, Joseph Couri, os fatores positivos são indicativos de uma recuperação econômica, que ainda precisa de ações que promovam o crescimento do setor.