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PT manobra para atrasar cassação de André Vargas

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O Partido dos Trabalhadores vem se desdobrando para atrasar, cada vez mais, a cassação do deputado federal e ex-petista André Vargas (sem partido-PR). Para proteger o enrolado amigo do doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, os deputados Vicentinho (PT-SP) e Candido Vaccarezza (PT-SP) e o presidente do PT, Rui Falcão, se recusaram a dar as caras no Conselho de Ética da Câmara nesta quarta-feira (18).

O relator do processo de cassação de Vargas, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), convidou os petistas para depor no caso. As três testemunhas arroladas se recusaram a falar. ?Ao não comparecer, as testemunhas demonstram que há um ato de proteção do mandato do deputado André Vargas?, disse Delgado. ?Existe uma clara proteção daqueles que pedem a expulsão do deputado do PT?, completou o relator.

Os donos do laboratório-lavanderia Labogen, Leonardo Meirelles e Esdra Ferreira, o dono da Elite Aviation, Bernardo Tosto, e o secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, também eram esperados para depor no Conselho. Nenhum deles compareceu para depor.  Bernardo Tosto disse apenas que poderia responder as perguntas dos parlamentares por escrito.

O Conselho de Ética não tem poder de convocação, com isso, as testemunhas podem simplesmente ignorar os pedidos de depoimento. Um novo convite será feito às testemunhas para comparecer ao Congresso no próximo dia 25. Caso ignorem, serão desconsideradas na elaboração do relatório sobre o pedido de cassação do petista. ?As pessoas estão apostando no tempo, e não nas testemunhas ou na tese de que são inocentes?, disse o deputado José Carlos Araújo (PSD-BA).

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