Caso Odebrecht

Procuradoria pede prisão do vice-presidente do Equador

Jorge Glas é vinculado a investigação penal envolvendo a Odebrecht

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O fiscal geral do Equador, Carlos Baca, pediu nesta segunda-feira a Justiça local que decrete a prisão preventiva do vice-presidente Jorge Glas, vinculado a uma investigação penal pelos casos de subornos da construtora brasileira Odebrecht.

"Carlos Baça solicita a prisão preventiva de Jorge Glas por encontrar novos elementos de uma convicção em investigação por associação ilícita", informou o Twitter oficial da Procuradoria Geral do Equador, que participa de uma audiência na máxima corte de Justiça para revisar as medidas cautelares que pesam sobre Glas, desde agosto impedido de sair do país.

ENTENDA O CASO

José Conceição Santos, delator da Odebrecht, assegurou que pagou subornos milionários ao atual vice-presidente equatoriano, Jorge Glas, por meio de seu tio Ricardo Rivera. Segundo Santos, US$ 2 milhões (R$ 6,3 milhões) foram pagos em 2010 pelo retorno da construtora brasileira ao Equador e o restante, US$ 14 milhões (R$ 44,2 milhões), por 1% de todos os contratos que a empresa teve no país após sua volta.

“Jorge Glas e Ricardo Rivera são como irmãos siameses, se alimentam e respiram pelo mesmo corpo”, disse Santos no consulado do Equador no Brasil, segundo o jornal equatoriano El Comercio, no dia 26 de setembro passado.

O delator entregou na sede diplomática seu testemunho antecipado como parte das investigações pelo escândalo de corrupção da construtora no Equador. Eduardo Franco Loor, advogado de Glas, rejeitou as declarações de Santos e as qualificou de “infames”. “Ele nem permitiu perguntas dos advogados dos processados. Eu tinha várias perguntas a fazer a Santos, mas ele não permitiu”, disse o advogado, assegurando que o vice-presidente é uma “pessoa honrada”.

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