Corrupção

Procuradoria nega absolvição de ex-diretores e pizzolato

Para a PGR, não há dúvidas da culpa de Pizzolato, mensaleiro foragido

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henrique pizzolato - Antônio Cruz/ABrA Procuradoria Regional da República da 2ª Região se manifestou contrária à absolvição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e cinco ex-diretores da Previ em processo por gestão temerária do fundo de pensão do Banco do Brasil. Para o Ministério Público Federal, o crime foi cometido na aplicação de R$ 150 milhões da Previ no fundo CVC/Opportunity para o leilão de privatização da Telebrás, em 1998.

Os réus Henrique Pizzolato (condenado no caso Mensalão), Jair Antonio Bilacchi (ex-presidente da Previ), João Bosco Madeiro da Costa, Cláudio Salgueiro Munhoz, Vitor Paulo Camargo e Arlindo Oliveira foram absolvidos pela 5ª Vara Federal Federal do Rio de Janeiro em fevereiro passado. O procurador regional da República Mário Ferreira Leite pede a reforma da sentença, já que a gestão temerária ficaria clara num acordo verbal para a Previ investir no fundo CVC/Opportunity.

“A participação da Previ na privatização do sistema Telebrás foi imprudente e potencialmente ruinosa, sem documento formal que resguardasse os interesses da entidade, com base em suposto acordo verbal entre João Bosco e representantes do Fundo CVC Opportunity, para isentar a Previ do pagamento de taxas de administração e performance?, relata o parecer do MPF, segundo o qual os réus agiram ?ao arrepio das cautelas exigidas ao homem médio?.

A CVC/ Opportunity informou que o fundo de investimento era regulado e fiscalizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com seus documentos e regulamentos públicos. O balanço do fundo era auditado por firma de auditoria externa. A taxa de administração era cobrada de forma equitativa de todos os cotistas, conforme regulamentação da CVM. Por nota, a CVC/ Opportunity alegou que adquiriu empresas sólidas, líderes em seus mercados de atuação e, por isso, foram objetos de ataques pela tomada de controle.

 

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