Caso Ruby

Procurador pede confirmação de pena de Berlusconi

Ex-premier foi condenado a 7 anos de prisão no caso Ruby

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O procurador-geral Piero De Petris pediu nesta sexta-feira (11) para a Justiça italiana confirmar a pena de 7 anos de prisão contra o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi no chamado “caso Ruby”, em que é acusado de abuso de poder e prostituição de menores.

A requisição do procurador, que representa a acusação, foi feita à Corte de Milão, como parte do julgamento de apelação da sentença, emitida em primeira instância em junho de 2013.

Na ocasião, Berlusconi foi condenado por ter pago para manter relações sexuais com a jovem marroquina Karima el-Mahroug, conhecida como Ruby, quando ela ainda era menor de idade. Os encontros teriam ocorrido em 2010.

O ex-primeiro-ministro, que tem 77 anos de idade, sempre negou as acusações e costuma afirmar que promovia apenas festas e jantares em sua residência, e que o dinheiro dado à jovem era para “ajudá-la”. A sentença da apelação deve ser anunciada no próximo dia 18 de julho.

A defesa de Berlusconi espera conseguir uma redução da pena de 7 anos. Mas o procurador-geral afirmou hoje que “não há razão nenhuma” para conceder ao ex-premier “os atenuantes genéricos”, tanto “pelos crimes contestados, quanto pelo complexo comportamento do condenado” e por sua “precedente condenação no caso Mediaset”.

Atualmente, Berlusconi faz trabalhos comunitários em uma clínica para pacientes com Mal de Alzheimer, em Milão, como pagamento de uma pena de 1 ano e meio por fraude fiscal no processo “Mediaset”.

Bari

Também nesta sexta-feira (11), a Procuradoria de Bari pediu que Berlusconi seja reenviado a julgamento em outro processo, no qual é acusado de indução a mentiras. Neste caso, Berlusconi é investigado por ter subornado o empreendedor Gianpaolo Tarantini para que ele mentisse à Justiça sobre as prostitutas levadas à sua casa de veraneio entre 2008 e 2009. O suborno foi realizado com auxílio do empresário Valter Lavitola. A audiência preliminar deste caso está marcada para o dia 14 de novembro, com a juíza do Tribunal de Bari Rosanna Depalo. (ANSA)

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