Primeiro mensaleiro no regime fechado pede progressão
Ex-dirigente do Banco Rural Vinícius Samarane quer trabalhar fora da prisão
O ex-dirigente do Banco Rural Vinícius Samarane, preso no processo do mensalão do PT, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) progressão para do regime fechado para o semiaberto. Condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro, ele é o primeiro condenado ao regime fechado a pedir a progressão.
O mensaleiro também pediu autorização para trabalhar como gerente em um estacionamento em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, com salário de R$ 3,1 mil.
O pedido de Samarane deverá ser analisado pelo presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, em razão do recesso do tribunal, que retoma os trabalhos apenas em fevereiro.
A defesa do antigo executivo do Banco Rural explicou que só ingressou com o pedido de progressão da pena durante o recesso do Judiciário porque a Justiça de Minas descontou 194 dias da punição, viabilizando a eventual ida para o semiaberto, somente no dia 19 de dezembro. A Vara de Execuções Penais mineira descontou mais de seis meses da pena em razão de Samarane ter trabalhado e estudado na prisão.
Dos 24 condenados no mensalão, oito receberam punições maiores do que oito anos e ficaram em regime fechado, entre eles Marcos Valério, condenado a 37 anos e 5 meses.