Intervenção no Rio

Presidente do Senado confirma liberação de verba extra para intervenção

Eunício não deu detalhes sobre o valor, mas disse que "será o necessário"

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O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), confirmou nesta segunda (19), que o presidente da República, Michel Temer, enviará um pedido de suplementação orçamentária (aumento de recursos) para as Forças Armadas no Rio em razão da intervenção. Apesar de não haver detalhes sobre o valor a ser destinado, Eunício disse haver "um compromisso do presidente de se fazer um complemento dos recursos para que sejam dadas todas as condições ao interventor" e que o montante "será o necessário".

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já havia dito que o governo estuda a possibilidade de reforçar o orçamento das Forças Armadas que atuarão no Estado do Rio de Janeiro – que está sob intervenção federal na Segurança Pública. Segundo ele, a primeira alternativa seria remanejar recursos já direcionados para Exército, Marinha e Aeronáutica, mas Meirelles não descartou que dinheiro de outras áreas do governo federal precise ser usado na intervenção.

O presidente do Senado disse ainda que o planejamento das ações da intervenção na segurança do Rio só pode mesmo ser feito após o decreto ter sido assinado. Eunício rebateu as críticas da oposição de que não foram apresentados os dados para justificar a edição do decreto, mas salientou que concorda que é preciso mais informação. "Quanto mais transparência nos índices de criminalidade, vamos colocar clareza na necessidade de intervenção", destacou.

Reforma da Previdência

Eunício também falou sobre a possibilidade de revogar o decreto para votar a reforma da Previdência. "Se for para fazer uma intervenção e chamar a todos nós e, daqui a cinco dias, dizer que foi um equívoco porque precisa votar matéria A ou matéria B, não teria sentido ter feito a intervenção", declarou.

Ao ser questionado se a pauta da segurança era mais importante então do que a Previdência, Eunício disse que não lhe caberia essa avaliação, mas destacou que o governo sabia da escolha que estava fazendo. "Previdência é uma das PECs e foi uma opção do presidente da República fazer a intervenção e o presidente sabe que decretada intervenção paralisa PEC", disse.

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