Investimento

Presidente do DEM defende privatizações para reduzir o Custo Brasil

“O capital privado precisa chegar para fazer a infraestrutura"

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O presidente nacional do Democratas, senador José Agripino (RN), acredita não haver outro caminho para reduzir o atual Custo Brasil – conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem o investimento no país – senão investir em privatizações, concessões e Parceria Público-Privada (PPP). Ainda de acordo com o parlamentar pelo Rio Grande do Norte, o Congresso Nacional tem papel fundamental na construção deste debate, promovendo, por exemplo, audiências públicas para discutir o tema.

“O capital privado precisa chegar para fazer a infraestrutura que hoje falta no Brasil e para qual o orçamento próprio da União, em função da recessão instalada, não vai dispor deste recurso. Não há outro caminho”, frisou Agripino. “A própria lei de licitações e de concessões terá que ser muito bem apreciada e o Congresso tem valores para debater esta matéria. É preciso encontrar um ponto de afinamento em que haja atração tanto para a empresa privada quanto para a sociedade, que terá de ser protegida de eventuais excessos”, acrescentou.

O governo em exercício de Michel Temer calcula que o futuro programa de privatizações e concessões de sua gestão irá render entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões ao caixa do Tesouro Nacional em 2017. “A infraestrutura do Brasil não pode esperar mais do que já tem esperado. Providências devem ser tomadas com brevidade e profundidade para que se ofereça à população aquilo que nós estamos muito atrasados em relação ao mundo: portos, aeroportos, estradas, ferrovias, rodovias, enfim, a infraestrutura que joga o Custo Brasil lá para cima”, acredita.

Para José Agripino, o atraso do Brasil no campo da infraestrutura deve-se, principalmente, ao fato de ter sido administrado por mais de uma década por um governo que ideologicamente “demonizava” as privatizações, apesar de fazer uso delas. “Os governos do PT descapitalizaram a União e impediram que ela fizesse o que era sua obrigação: prover o país de uma infraestrutura decente, capaz de fazer do Brasil um país competitivo no plano nacional e internacional. O que existia era o viés ideológico do PT, que não admite a participação privada. Acha que tudo tem que ser feito pelo Estado. Acabaram quebrando país, que perdeu sua condição de fazer investimentos”, destacou.

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