Operação Lava Jato

Presidente da OAS e mais 4 executivos são indiciados pela PF

PF apontou cinco supostos crimes, incluindo fraude a licitações, lavagem de dinheiro e corrupção ativa

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A Polícia Federal indiciou na segunda-feira, 8, o presidente da Construtora OAS, engenheiro civil José Aldemário Pinheiro Filho, 63, e mais quatro funcionários da empreiteira investigada pela Operação Lava Jato. A PF apontou a ocorrência de cinco supostos crimes, incluindo fraude a licitações, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.

Para a PF, há indícios suficientes para denunciar e processar Aldemário, conhecido como Léo Pinheiro, e seus funcionários. A denúncia cabe ao Ministério Público, que pode acompanhar ou não, no todo ou em parte, as conclusões do inquérito policial.

Além do presidente os outros quatro funcionários são o engenheiro civil Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional da OAS; o administrador de empresas José Ricardo Nogueira Breghirolli; o engenheiro civil Pedro Morollo Junior; o advogado Alexandre Portela Barbosa; e o administrador de empresas, Mateus Coutinho Sá Oliveira, diretor financeiro da empreiteira.

Responsável pelos indiciamentos, a delegada da PF Erika Mialik Marena entregou seu relatório final do inquérito referente à OAS Construtora. De apenas cinco páginas, o relatório menciona “a exiguidade do tempo” que, segundo ela, tornou impossível “apresentar relatório de análise da documentação apreendida” em residências dos executivos e escritórios da empreiteira OAS em São Paulo e Salvador.

“Também destacamos contratos com algumas consultorias, desconhecidas deste feito, e cujo aprofundamento quanto a se tratarem ou não de pagamentos para outros operadores será pedido oportunamente em autos apartados”, diz o relatório.

A delegada ainda ressaltou que “chama igualmente atenção a quantidade de documentos da empresa vinculados a contratos celebrados em outros países apreendidos no avião de José Aldemário”, na Bahia.

Além disso Marena afirma que a PF “constatou a abertura de contas bancárias em nome de interpostas pessoas, o fluxo mascarado do dinheiro, a celebração de contratos ‘de papel’ para esquentar a saída de dinheiro na contabilidade dos corruptores, o uso de doleiros para propiciar a disponibilização de valores fora do país aos corruptos e a falta de uma concorrência efetiva nos certames da Petrobras”.

 

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