Dossiê entregue à PF e MPF

Presidente da Fecomércio-DF acusado de 'nepotismo cruzado'

Adelmir Santana acusado de nomear parentes em nepotismo cruzado

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Uma série de denúncias envolvendo o ex-senador Adelmir Santana, presidente da Fecomércio-DF e o Sistema S, embasam um volumoso dossiê em posse do Ministério Público do Distrito Federal e da Polícia Federal. O documento, com 410 páginas, ao qual o Diário do Poder teve acesso, aponta um grande conjunto de irregularidades. Entre elas, nepotismo cruzado em pelo menos 13 pessoas ligadas a Santana.

De acordo com a denúncia, Gilimara Batista Reis Valentim, da família da mulher do presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), ocupa cargo de assistente administrativo no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), que integra a estrutura da Confederação Nacional do Comércio (CNC), assim como o Sesc.

Outro parente, Graziela Dias de Oliveira, sobrinha de Adelmir, é coordenadora de Núcleo no Senac. O dossié também cita Maria do Espírito Santo Batista, cunhada de Adelmir, ocupando cargo na Diretoria do Senac. 

A lista de parentes e amigos é extensa. Conforme a denúncia, Adelmir se livrou da despesa pessoal de pagar o salário do seu motorista, Vito Antônio de Aguiar, acomodando-o no Senac.

 

Sesi e Sebrae

Outra denúncia apontada no documento em posse do MPDFT e da PF é o nepotismo cruzado supostamente feito entre o Sesc-DF e o Sesi-DF, como troca de contratações de filhos de diretores.

Mais uma irregularidade recai sobre a mulher do diretor regional do Sesc. Maria Célia Nacfur Sfair Macedo alçou do Sebrae-DF ao Sebrae Nacional, de acordo com a denúncia, irregularmente, a mando do presidente da Fecomércio, Adelmir Santana.

 

A defesa

Procurado pelo Diário do Poder, o presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, disse preferir "não comentar" sobre o dossiê ao qual ainda não teve acesso. Questionado se conhece as pessoas citadas no documento, Santana alegou que são muitos funcionários no Senac e que ele não lembra por nome, apenas alguns, como o motorista Vito.

A assessoria do Sistema Fecomércio-DF informou, em nota, que as diretorias do Sesc e do Senac não foram notificadas oficialmente sobre os casos e por isso só responderão quando tomarem o conhecimento integral do processo.

 

 No dossiê, alguns funcionários são identificados como parentes de Adelmir Santana

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