Presidente da CPTM, indiciado por cartel, diz que deixará cargo
Mário Bandeira foi indiciado pela PF na investigação o Trensalão de SP
Indiciado no inquérito que investigou o esquema de cartel nos trens e metrô de São Paulo, o atual presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Mário Bandeira, disse nesta quinta feira, 8, que vai deixar o cargo que ocupa há quatro anos. Segundo a Polícia Federal, ele, e outras 32 pessoas fraudaram licitação da CPTM. O cartel teria operado em São Paulo entre 1998 e 2008, nos governos tucanos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.
Além de Mário Bandeira, também foi indiciado o diretor de operações da companhia, José Luiz Lavorente. Eles são os únicos servidores públicos que constam da lista de indiciados, entre doleiros, empresários e executivos das multinacionais que teriam participado de conluio para obtenção de contratos no Metrô e na CPTM.
Em dezembro, o governador Geraldo Alckmin saiu em defesa de Bandeira e disse que era preciso analisar o caso com cuidado. Mas, poucos dias depois, admitiu que deveria trocar o comando da companhia de trens.
O presidente do Metrô, Luiz Antônio Carvalho Pacheco, fugiu da imprensa após a cerimônia de posse do novo secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni.